terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Improduto

Improdutivo se torna o coração disprovido de amor, desprende-se da alma servindo somente ao corpo com suas batidas sem sentido. Mesmo que rejeitado se faz muito menos pior o que guarda um amor, mesmo que mal resolvido tem-se um norte, uma falta coerente, consciência do que não se tem. O que não sabe o que amar apenas vaga perdido sem fundamento ou razão, não existe solução alguma aparente, não há nada a ser feito por não saber pra onde se deve ir, a não ser que esse coração ame, a não ser que ele se alimente de alguma paixão.
Talvez a solução seja amar tudo o que se tem a volta, ou odiar, pois todo ódio carrega consigo amor a seu inverso, independe de vontade ou escolha, parece sina não saber amar, mesmo que fosse errado valeria, não doeria mais do que não saber quem é que falta.
Foge da mente os pensamentos levando consigos os sonhos que habitaram esse peito já sem compasso, se esvai todo o brilho de tudo que se põe aos olhos foscos que sequer lacrimejam, o nublado do céu que infinda em nuvens cincentas num lençol maior do que alcança a visão ou a fé, estatiza, não gira, não anda, o mundo do que não voa, no que não sonha, do que não AMA.

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